Vigilância em Saúde alerta população sobre a dengue: |
RIO CLARO: A Vigilância em Saúde de Rio Claro, órgão vinculado à Fundação de Saúde de Rio Claro (Fusarc), está alertando a população quanto à dengue. Devido ao aumento dos fatores ambientais que favorecem ao mosquito transmissor, como o aumento da temperatura e grande quantidade de chuvas, o Ministério da Saúde prevê uma grande epidemia de dengue para este verão 2009/2010. A previsão de epidemia deixou o órgão em alerta já que Rio Claro pode ser atingida pelo vírus neste verão. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Marcos Penna, nas últimas coletas, fruto da ação Arrastão de Combate a Dengue, foram encontradas quantidades preocupantes de larvas e pupas do mosquito Aedes aegypti no município, mais precisamente nos distritos de Pouso Seco, Getulândia e Lídice. E para que o município não seja afetado pela doença, é necessária toda uma ação conjunta de prevenção e combate, a ser realizada pela vigilância e por cada morador. O superintendente informa que a população tem deixado muitos focos de água parada, o que facilita a vida do mosquito. Marcos explica que para ocorrer uma epidemia de dengue são necessários dois fatores: a presença do vírus e do mosquito transmissor. “O vírus é possível que circulasse no município, pois muitos moradores de Rio Claro frequentam municípios de risco, além do trânsito de pessoas de outros municípios por aqui. Mas praticamente não eram encontradas larvas do Aedes aegypti aqui em Rio Claro. Sem o mosquito transmissor fica impossibilitada a transmissão da dengue”, analisa. De acordo com Marcos, Rio Claro apresentou poucos casos da doença, e mesmo assim todos estes casos foram importados, ou seja, a pessoa contraiu a doença em outro município e foi atendida em Rio Claro. Além disso, apresentou um baixo índice de infestação, quase zero. “Acreditávamos ser a altitude do município a barreira para o Aedes aegypti, mas talvez as mudanças climáticas tenham modificado esta realidade. Seria um desastre uma epidemia por aqui, pois a população, por jamais ter vivido uma epidemia, acaba por ser susceptível aos três subtipos virais circulantes no Brasil. Os municípios que já enfrentaram importantes epidemias de dengue acabam, de alguma forma, imunes a certos subtipos virais, ficando classificados como município de Médio Risco. Nós, que nunca tivemos epidemias, estamos classificados como município de Alto Risco para a doença. O risco é maior ainda por se tratar de uma epidemia pelo sorotipo viral tipo dois, que pode levar a hemorragias graves, com ocorrência de óbitos”, avisa Marcos. A população precisa se conscientizar do perigo que está correndo e exagerar nos cuidados com seus quintais, lages, calhas, caixas d’água e com todos os locais que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito como informa Marcos. “Estamos realizando a ação Arrastão contra a Dengue, que está nos oferecendo subsídios para se calcular o tamanho e a complexidade do problema que iremos enfrentar. Também estamos elaborando o plano de contingência regional contra a dengue junto aos municípios do Médio Paraíba e o Núcleo de Descentralização de Vigilância em Saúde. Cabe à Vigilância em Saúde prevenir a população sobre um possível risco grave à saúde. É o que estamos fazendo agora”, completa o superintendente de Vigilância em Saúde. |
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