Checklist:
É muito importante frisar a atenção que
deve ser dada, para a qualidade e o gerenciamento de risco em medicina. O
Checklist deve ser continuadamente
readaptado ele é um exemplo que funciona na prevenção de erros em cirurgia. O protocolo foi feito pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), na tentativa de prevenir os erros mais comuns em
procedimentos cirúrgicos, diminuindo significativamente a morbidade e a
mortalidade cirúrgica. O protocolo é aplicado
em três momentos distintos: antes de começar a anestesia, antes de
iniciar a cirurgia e antes do paciente sair da sala, com algumas verificações
(perguntas objetivas) simples e que fazem toda a diferença. A lista de
verificação não pode ser exaustiva, e a OMS recomenda explicitamente adaptá-lo
às condições locais onde ela é utilizada. Evitando que ocorra um evento adverso
no procedimento cirúrgico e obviamente não pretendido. Devido a processos com
falhas ou erros de pessoas e que podem colocar em risco o enfermo. Os eventos
adversos resultam de falhas sistêmicas, estruturais ou erros humanos, como
esquecimento, distração, baixa motivação, descuido, negligência ou imprudência.
O erro que é uma ação errada, um evento desfavorável temporalmente associado e
atribuível ao mau julgamento, negligência, ignorância ou incompetência, é
devida a ações desnecessárias, execução inadequada de manobras necessárias ou
omissão de intervenções benéficas (subutilização). O erro é uma falha para
completar uma ação planejada como pretendida, ou a utilização de um plano
errado para atingir a meta. Os erros podem ser acidentais e evitáveis, mas que
levam a complicações.
O trabalho cirúrgico atualmente se tornou
modular. Não há mais a figura do médico principal e de sua equipe exclusiva. O
anestesista que faz a visita pré-operatória ou o cirurgião que explica o
consentimento informado obrigatoriamente não é o mesmo que dará a anestesia ou
fará a cirurgia nos centros maiores.
O risco para o paciente sobe em primeiro
lugar, devido ao potencial de se operar o enfermo errado ou que a cirurgia ocorra em local errado e
segundo porque informações importantes podem ser transmitidas erroneamente ou
simplesmente perdidas.
Estes processos seriam claramente evitados
se o cirurgião que vai realmente realizar a operação vê o paciente pessoalmente
de antemão e confirma a indicação de cirurgia (mesmo se este cirurgião não é
necessariamente aquele que obteve o consentimento informado do paciente).
A
introdução do protocolo em um Hospital
deve começar gradativamente, em apenas uma especialidade, como é ressaltado no
Manual inicial da OMS. As listas de
verificação devem ser individualizadas. A lista de controle consiste em três
colunas, que correspondem, portanto às três fases de uma operação.
Posteriormente, as outras especialidades iram aderindo ao processo.
A lista original, precisa ser adaptada às
condições locais. É importante a
identificação da equipe nos centros maiores, a função respiratória deve ser
monitorada com oximetria de pulso em praticamente todos os procedimentos
intervencionistas e cirúrgicos. Deve ser verificado o local da cirurgia e se o
lado e o local marcado para o procedimento
a ser realizado este correto, sendo uma salvaguarda contra a realização da
operação no lugar errado. Nós normalmente marcamos a incisão pretendida em si.
Isso tem o benefício adicional de ser uma forma de comunicação com o enfermo,
integrando-o mais profundamente no processo de tratamento e proporcionando uma
oportunidade de fazer perguntas em caso de incerteza. A verificação se o
material a ser utilizado se encontra disponível na sala e outro item
importante.
A aceitação da lista de verificação em
todas as especialidades cirúrgicas depende crucialmente de comunicação entre
especialidades, bem como entre as diferentes profissões que constituem o
pessoal de uma sala de operação. A lista de verificação não deve ser entendida
apenas como uma lista de itens a serem marcados, mas sim como um instrumento
para melhorar a comunicação, o trabalho em equipe e a cultura de segurança no
centro cirúrgico, e deve se basear nesse entendimento.
A lista de verificação consiste de uma
confirmação verbal, inicialmente a identificação da equipe por incrível que
pareça a seguir a identificação do enfermo pela equipe cirúrgica, a seguir a
identificação da cirurgia e o local do sitio cirúrgico. A
conclusão dos passos básicos pela equipe para assegurar a entrega segura
do enfermo, para a realização da anestesia, a profilaxia contra a infecção, o
trabalho coordenado da equipe e outras práticas são essenciais no sucesso
da cirurgia. A listagem e utilizada em
três momentos críticos: antes de a anestesia ser administrada, imediatamente
antes da incisão, e antes que o paciente seja levado para fora da sala de
operações. A lista de verificação foi adaptada para cada local, quando
apropriado, e foi ajustado de acordo com o fluxo de atendimento em cada instituição.
As medidas listadas foram à
avaliação objetiva e documentadas da via respiratória do enfermo antes da
administração do anestésico, o uso de oximetria de pulso, no momento da
iniciação e durante a anestesia. A presença de pelo menos dois cateteres
venosos periféricos ou de um cateter venoso central, antes da incisão em casos
que envolvam uma perda de sangue estimada de 500 ml ou mais. A administração de
antibióticos profiláticos dentro de 60 minutos antes da incisão, exceto no caso
de infecção preexistente, em um processo que não implique numa incisão em um
campo operatório contaminado; a confirmação por via oral, imediatamente antes
da incisão, a identidade do paciente, o local da cirurgia, e o procedimento a
ser realizado, e realização de uma contagem de compressas ou gases e o numero
de agulhas de sutura no final do processo. Listamos se todas as medidas de
segurança foram tomadas para cada enfermo.
Foi encorajada a administração de
antibióticos no centro cirúrgico, em vez de ser nas enfermarias, onde os
atrasos são frequentes. A lista fornece confirmação oral adicional do uso de
antibióticos, padronizados. Outras medidas que potencialmente também salvam
vidas foram instituídas, incluindo uma avaliação das vias aéreas, uso de oximetria de pulso, verificação oral
se o material a ser utilizado na cirurgia estava reservado na sala, além da
reserva de sangue quando necessário.
A lista de verificação é
realizada por via oral por um membro da equipe e é projetada intencionalmente
para criar uma consciência coletiva entre a equipe cirúrgica sobre se os
processos de segurança estão sendo concluídos. As complicações cirúrgicas são
uma causa importante de morte e incapacidade em todo o mundo.
Elas são devastadoras para os
pacientes, caro para os sistemas de saúde, e muitas vezes evitáveis, embora a
sua prevenção normalmente requeira uma mudança de sistemas e de comportamento
individual. Portanto, um programa baseado em lista foi associado com uma
diminuição significativa da taxa de complicações e de morte em uma cirurgia.
Aplicada sobre uma base global, este programa tem o potencial de evitar um
grande número de mortes e complicações incapacitantes.
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